"Niemand lebt ewig.
Es ist, in der Tat, diese Schwäche in die Menschen,
das macht Sinn, in eine echte Liebe"
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Subitamente o mundo perdeu uma musa: Pina Bausch.
Com toda a beleza da sua linguagem. Com toda a complexa simplicidade que imprimia nas suas criações. Com a genialidade com que nos brindou durante os profícuos 68 anos da sua existência.
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Hoje o mundo acordou sem a extraordinária entidade que imortalizou o Wuppertal Tanztheater. Sem a criadora de peças maravilhosas, que teimavam na tendência do contra-corrente. Revestidas sempre de uma mescla de liberdade e emoção, de tal forma intensa, que nos toca excepcionalmente. Quer pela brutalidade mecânica, quer pela sensibilidade dos movimentos da sua dança. Não era arte - dizia, do que criava - Era VIDA!
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Para a eternidade fica o fantástico das suas peças, como "Kontakhof" (1980), ou "A Sagração da Primavera", "Café Müller" (1994), "Água" (2003), "Nelken" (2005), "Ten Chi", e em 2007, a deliciosa "For the Children of Yesterday and Tomorrow", apresentada no Teatro Camões. Esta coreógrafa, brilhantemente excepcional, presenteou-nos uma vez mais com a sua presença já assídua no nosso país, desta feita na Expo'98, e que a inspirou a ponto de criar uma peça sobre Lisboa, intitulada "Masurca Fogo".
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Para quem não teve a honra de a conhecer fica a - ténue mas muito justa - definição de Federico Fellini: “Uma monja com um gelado, uma santa com patins, um rosto de rainha no exílio, de fundadora de ordem religiosa, de juíza de um tribunal metafísico, que de repente nos pisca o olho...”
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Serve esta triste breve, para render homenagem a uma artista absolutamente genial, a quem o meu magro vocabulário não faz, de todo, jus. Ainda assim, e em nome de todos quantos tiveram o prazer de receber um pouco dessa magia,
Auf Wiedersehen, Pina!
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Uma grande perda.
ResponderEliminarAinda bem que o Almodóvar a imortalizou no cinema.
Caí aqui, por acaso, depois de ler um comentário seu num outro blog. Vou voltar. :)